Capítulo 1226″Entendi” – respondeu Oliver Neves, sem confirmar se retornaria ou não, desligando o celular em
seguida.
Camila estava inquieta, observando Mariana inconsciente na cama. Checou sua temperatura mais
uma vez, que havia escalado para 39,2 graus.
Ela abriu a porta e deu ordens diretas para Maria, que estava por perto: “Sra. Mariana está com
febre alta, corra buscar dipirona e peça na cozinha para prepararem algo que ela goste, para
trazermos aqui.”
“Você está me ordenando?”
“Qual é o problema agora?” – Camila se impôs: “Sra. Mariana está nesse estado e você, como a
empregada, não vai cuidar da sua patroa doente?”
“E por que você não faz isso?”
“Eu preciso permanecer ao lado de Sra. Mariana!”
“…” – Maria ficou parada, com um sorriso gelado: “Sra. Mariana ainda não pediu desculpas para
Sra. Isabella hoje.”
“O que você disse?”
“O senhor falou que, enquanto Sra. Mariana não se desculpar, ela não precisa jantar esta noite. Se
quer dipirona, que vá pegar sozinha! Minha missão é ficar aqui.”
“Maria, está se achando demais, é?” – Camila se irritou: “Quem você pensa que é?””Sou só uma funcionária cumprindo minhas obrigações” – respondeu Maria, com um olhar decidido
e altivo: “Igual a você.”
“Você…” – Camila estava enfurecida: “Você vai ver só!”
Ao sair, esbarrou propositalmente em Maria, que, sem gentileza, esticou o pé para fazer ela
tropeçar.
Camila quase caiu: “Quando Sra. Mariana acordar, vou contar tudo o que você fez hoje!”
“Olha só quem precisa de ajuda pra se defender!” – Maria não se intimidou, pelo contrário, bufou e
se virou para voltar a sua vigilância na porta.
Um olhar mortal cruzou os olhos de Camila, mas ela conteve sua ira por enquanto.
Após algum tempo, Camila ouviu passos do lado de fora e finalmente colocou dipirona na boca de
Mariana.
Ao ouvir batidas na porta, Camila correu para abri-la, chorando: “Senhor, finalmente o senhor
chegou! Sra. Mariana já tomou dipirona faz um tempo, mas a febre não baixou. Estou
desesperada! Antes de desmaiar, ela só pedia desculpas, dizendo que tinha falhado…”
Oliver Neves observou a jovem inconsciente na cama, com as bochechas coradas. Parecia ser
verdade.
“Chamou o médico?” – perguntou Oliver Neves.
Camila, entre lágrimas, contou: “A Sra. Maria nem quis fornecer o medicamento, complicou tudo.
No fim, tive que ir eu mesma… Nem cogitamos chamar um médico. Já é um milagre termos a
medicação!”novelbinMaria, parada à porta, ouvindo Camila distorcer a realidade mais uma vez, estava a ponto de se
justificar.
Camila, contudo, começou a chorar ainda mais: “Sra. Mariana está tão mal e sem médico para
examiná-la. Está sem comer desde o meio-dia. Nunca passou por tanto sofrimento desde criança!
Ela reconheceu seus erros, e queria esperar pelo senhor, para pedir desculpas pessoalmente ao
senhor e a Sra. Isabella… mas não resistiu até agora…”
Antes que Oliver Neves pudesse responder, Camila se ajoelhou com um solavanco.
“Senhor, eu imploro, pela nossa amizade de tantos anos, permita que um médico veja Sra.
Mariana? Estou realmente preocupada com a vida dela… Ela está com febre há muito tempo! Por
favor, peça para a cozinha preparar um caldo quente para ela? Eu suplico…”
Vendo uma mulher de mais de cinquenta anos ajoelhada no chão, batendo a cabeça e chorando…
E então, ao olhar para a jovem na cama, lembrou-se de anos atrás, quando ela estava com febre e
a família toda se reunia ao seu redor para confortá-la…