O grito de Carolina, misturado com o som do vento, era especialmente agudo e estridente.
Carlos estava na chuva forte, com os lábios firmemente apertados, olhando para ela, irritado com sua reação!
Bruno rapidamente se aproximou para tentar apaziguar a situação,
“Srta. Paz, o Carlão veio correndo porque ouviu que vocês estavam em apuros. Ele estava preocupado que vocês não conseguissem lidar com a situação e acabassem prejudicados.”
“Nós não precisamos da ajuda dele! Primeiro, sou eu quem tem problemas, e agora, meus filhos também estão envolvidos. Tudo isso é por causa de quem?! Ele realmente nos ajudaria se ficasse longe de nós!”
Carolina gritava!
Carlos, enfurecido, com o peito subindo e descendo rapidamente, estava sem palavras para rebatê-la.
“Fique longe de mim! Fique longe dos meus filhos!”
Carolina, com esforço, afastou a chuva de seus olhos, falou irritada, com os olhos vermelhos, e virou-se para ir embora.
Ao chegar à porta, ela até disse ao segurança,
“Por favor, aquele homem não é morador do nosso condomínio. Não permitam mais que ele entre aqui. Ele pode prejudicar a mim e à minha família!”
Bruno “……”
Observando o olhar cauteloso do segurança, Carlos, furioso, voltou para o carro!
Bruno, resignado, atendeu uma ligação antes de entrar no carro.
Em apenas dois minutos, o interior do carro já estava cheio de fumaça de cigarro.
Carlos fumou rapidamente mais da metade de um cigarro, como se estivesse consumindo sua raiva junto com o fumo.
Bruno sentou-se no banco do motorista, virou-se e disse timidamente,
“Acabei de verificar. O problema com Gabriela não tem nada a ver com a Srta. Paz. Ela estava com febre ontem à noite e foi para a clínica tomar soro. Foram os filhos dela quem foram ao parque brincar e encontraram Gabriela por acaso, e ainda foram eles quem ligaram para a polícia. Assim, a polícia conseguiu encontrar Gabriela.
A Srta. Paz tem um álibi, por isso Gabriela não teria como causar problemas. Mas ainda não descobrimos quem atacou Gabriela.”
Carlos franzia a testa, com uma expressão sombria.
Depois de um momento de silêncio no carro, ele de repente falou,
“Não me fale mais nada sobre ela!”
“Carlão……”
“Se ela viver ou morrer, não me importa!”
“Mas… e o Miro? Ele só quer comer a comida que a Srta. Paz faz e não aceita a de mais ninguém.”
“Se não comer, que passe fome!”
Carlos de repente elevou a voz, assustando Bruno, que não se atreveu a dizer mais nada.
A relação entre os dois, que já era instável, após esses eventos, entrou definitivamente em uma fase gelada!
Lá em cima, Tânia viu Carolina voltar e rapidamente lhe ofereceu uma toalha limpa, perguntando,
“Eles já foram?”
Ela não estava perguntando sobre a polícia, mas sim sobre Carlos.
Tânia estava parada na porta e viu Carlos no momento em que a porta foi aberta.
Então, assim que Carolina fechou a porta, ela imediatamente impediu Laín e Ledo de correrem para fora.
A razão era que a mamãe precisava falar com o policial, então eles não deveriam incomodar.
Por coincidência, Laín e Ledo não podiam ver a situação do lado de fora da porta e, preocupados com seus próprios pensamentos, obedeceram e não saíram.
Carolina acenou com a cabeça, pegou a toalha e se enxugou de forma desleixada, “Eles já foram.”
Tânia bateu no peito, aliviada, “Que horrível! Quase que… por pouco…”
“Onde estão as crianças?”
“Estão nos quartos.”
Carolina caminhou até lá, bateu na porta e a abriu.
Laín estava sentado na frente do computador e, ao ver Carolina entrar, rapidamente mudou a tela e se levantou.
“Mamãe.”
Ledo e Lucas também olharam cuidadosamente para Carolina, “Mamãe.”
Carolina não disse nada, aproximou-se, agachou-se e abraçou os três.
Nos últimos dias, muitas coisas assustadoras aconteceram, e ela estava constantemente tensa.
Mas todos esses medos juntos não se comparavam ao momento em que viu Carlos!
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