Carlos, porém, disse com frieza: “Ela não vai embora.”Falou com toda a certeza.“Ah? Por que não? A moça já disse que ia embora.”Carlos olhou-o com desdém: “Ir embora sem ganhar nada? Não estariaperdendo?”Nathan, confuso, perguntou: “O que você quer dizer?”“… Ela não se aproximaria de mim repetidamente sem motivo algum. Devehaver alguma intenção por trás disso.”“… Mas acho que a Srta. Paz não parece ser má pessoa.”“Conhecer alguém pela aparência não revela o que está no coração. Todomundo sabe atuar.”Nathan: “… Carlos, por que hoje sinto que você está especialmenteressentido com a Srta. Paz?”Depois que o resultado da avaliação, ele passou a gostar ainda menos deCarolina.Ao lembrar-se da cena dela beijando-o no bar, ele mal podia se conter deraiva!O preconceito nasceu daí!Página Inicial Categorias Search… 62/97 Além disso, o encontro dela com Paulo Belo só aumentou suas suspeitas.Se não fosse o fato de ela pode ser útil ao Miro, ele já teria se livrado dela.…Por outro lado, Carolina, após sair do hospital, ligou imediatamente para oBairro Hélios para perguntar sobre o divórcio de Carlos.Do outro lado da linha, Bairro Hélios pediu que ela aguardasse ummomento enquanto entrava em contato com Carlos.Carolina agradeceu educadamente com um ‘Obrigada pelo esforço’ edesligou.Ela pegou um táxi e foi direto para o cartório.No caminho, ligou para Tânia Souza, que acabara de fazer compras eestava muito animada:“Vou ver as crianças agora. Estou tão emocionada.”Carolina sorriu: “Eu já falei com os meninos, e eles também estãoansiosos pela sua visita, esperando em casa.”“Estou mais ansiosa ainda. Você já resolveu tudo? Pagou a dívida?”“Sim, acabei de sair do hospital e já entreguei o dinheiro àquele homemdesagradável.”“O que ele disse?”“… Ele disse que era o avô dele e então ficou com uma cara fechada, enão me tratou bem em momento algum.”Na visão de Tânia, Laín, o pai de Ledo, era um estuprador!“…” Na verdade, Carolina também se sentia um pouco insatisfeita, poissua vida miserável tinha a responsabilidade dele também!Se não fosse por ele, talvez ela e Carlos tivessem vivido felizes
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juntos.Mas ela tinha medo.Temia que, ao tentar descobrir a verdade, acabasse se expondo edesencadeasse outra batalha pela guarda das crianças, o que seriadesastroso para ela.Ele estava tão bem agora, enquanto ela estava mal!Era como se ele fosse o capital e ela a classe trabalhadora. Afinal, a classetrabalhadora pode vencer o capital numa luta?Melhor deixar para lá.Em vez de se vingar do passado, o melhor era se divorciar de Carlos oquanto antes e estabilizar-se com seus três pequenos. Isso era a decisãocerta.Tudo pelo bem das crianças; ela não podia deixar que levassem uma vidanômade para sempre.“Vou deixar o assunto dele para lá. Primeiro vou ao cartório me divorciar.”“… Ah, está bem. Tem certeza que quer se divorciar?”“Sim, estou decidida. Não sei a que horas poderei me divorciar. Vouprimeiro ao cartório e entro na fila. Vocês me esperem em casa. Vou ligarquando terminar.”Carolina riu: “Bem, vamos beber um brinde à noite.”“Até ficarmos bêbados!”“Combinado!”Carolina sonhava com um futuro melhor, e a alegria era evidente em seurosto.Mas a realidade é muitas vezes mais cruel do que os sonhos.Carlos lhe deu um golpe devastador!