Carolina estava com o coração partido!
Mas ele havia praticamente a encontrado e logo suspeitaria de Laín, Ledo e Lucas.
Se ela não fosse embora, inevitavelmente eles acabariam disputando a custódia das crianças!
As crianças a amavam, e mesmo em um processo judicial, certamente diriam ao juiz que queriam ficar com a mamãe.
Mas ela teria alguma chance de chegar a esse ponto com ele?
Que tipo de poder ele tinha, e o que ela era perante ele? Apesar de estar falido, ainda tinha seguidores ao seu redor, ele poderia acabar com ela com um estalar de dedos!
Ela não podia correr esse risco!
As crianças eram tudo para ela, e se ele o tirasse dela, o céu cairia e ela enlouqueceria!
Mas se Miro a deixasse, o mundo não acabaria, pois apesar de seu pai ser um canalha, ele era um bom pai!
“Miro… Dizem que existe uma conexão entre mãe e filho, acredito que você sinta saudades da sua mãe, e ela, com certeza, também sente saudades de você, de longe. Mais cedo ou mais tarde vocês poderão se reencontrar, eu…”
Carolina queria usar a mãe de Miro para distrair Miro.
Entretanto, o que ela não sabia era que ela era a verdadeira mãe que Miro tanto desejava!
Miro havia esperado tanto, ansiado tanto, como poderia aceitar a realidade de que ela estava prestes a partir?
Miro balançava a cabeça, desesperadamente,
“Eu só quero você! Não quero que você vá embora! Mamãe, por favor, não vá…”
Miro, assim como seu pai, sempre foi distante, mas agora chorava desesperadamente, frágil e patético.
Ele não queria que a mamãe fosse embora, ele não queria…
Ele tinha esperado milhares de dias e noites para ter sua mamãe de volta, ele não queria se separar dela, de jeito nenhum…
Miro estava tão agitado, a ponto de seu corpo começar a convulsionar, prestes a ter um ataque.
Carolina se apressa em hipnotizá-lo e forçá-lo a se acalmar.
Ela entrou no mundo mental de Miro e ainda podia ouvir as orações de Miro quando ele gritava “Mamãe, não vá”.
Carolina sentia uma dor cortante no coração.
Cada um desses apelos era como inúmeras facas cortando sua carne.
Ela também não queria se separar de Miro, mas não tinha escolha…
Se Miro não fosse filho deste homem.
Se ela não tivesse três pequeninos, sem ter que se preocupar com a disputa pelas crianças.
Ela teria ficado e ficado com Miro, o teria visto crescer, o teria visto se recuperar!
Mas os “se” eram apenas “se”, e a realidade era cruel!
Entretanto, o que a consolava era que, sem saber desde quando, o mundo espiritual de Miro começou a se colorir.
Da última vez que ela entrou, era um deserto vazio, onde Miro, coberto de feridas, jazia à beira da morte.
Agora era completamente diferente, o mundo espiritual de Miro tinha grama e fontes de água, o céu era azul, claro e límpido.
Embora não tão vibrante quanto o de uma criança normal, a grama já havia criado raízes, começando a brotar lentamente, e não demoraria a se tornar um campo verdejante! Para sua surpresa, ela não encontrou nenhuma marca da mãe biológica no mundo espiritual de Miro.
Esse menino, não sentia falta de sua mãe biológica?
No chão, havia uma pintura caída, Carolina se abaixou para pegá-la, era uma imagem de uma família de seis de mãos dadas.
Estava escrito papai, mamãe, Laín, Ledo, Lucas, eu.
Carolina ficou surpresa, Miro realmente a considerava sua mãe biológica?
Ele fantasiava que ela poderia ficar com seu pai, e então todos eles viveriam juntos como uma família de seis!
Carolina estava comovida e nervosa ao mesmo tempo.
Essa é a prova de que Miro a ama e a adora!
Ao mesmo tempo, era um sinal preocupante, Miro dependia demais dela, ansiava demais por sua permanência, e uma vez separados, ele sofreria muito. Saindo do mundo mental de Miro, Carolina olha para ele com as sobrancelhas franzidas, os olhos cheios de preocupação.
O desejo de Miro, ela não podia realizar!
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