Carlos ficou feliz, como uma criança ansiosa por doces que acabou de receber um bombom de Tânia.
Ele olhou para Miro, bêbado, com um sorriso puro e radiante em seu rosto.
Era um sorriso que vinha do fundo do coração, de verdadeira felicidade!
Carolina olhou para ele com uma expressão complicada……
Era a primeira vez que ela via sua descontração, e a primeira vez que via o brilho infantil em seus olhos ao sorrir.
Parecia que, naquele momento, Miro era o adulto, e ele, a criança.
Dizem que todo homem adulto guarda um espírito infantil, que é assustado pelas diversas pressões da vida a ponto de não se revelar facilmente.
Até que, por causa de algumas pessoas ou coisas, o homem abandone completamente seu próprio descuido, esse coração infantil borbulhará e o homem também se tornará um menino.
Ele deixa de lado sua armadura, mostrando seu lado mais frágil, podendo agir de forma manhosa, fazer gracinhas e compartilhar pensamentos que normalmente mantém escondidos.
E, na verdade, no instante seguinte, Carlos perguntou a Miro, com cuidado,
“Miro, você está me culpando pelo que aconteceu com sua mãe?”
Miro franziu a testa, ele o estava culpando!
Culpando-o por aquilo que tinha feito no passado, que feriu sua mãe, fazendo com que agora, mesmo tendo encontrado sua mãe, ele ainda não tivesse coragem de reconhecê-la diretamente! Com medo de que, quando a mamãe souber a verdade, ela simplesmente fuja e desapareça completamente.
Mas ele também podia entender.
Naquela situação, do ponto de vista dele, era algo inevitável…
Miro fez questão de dizer isso de forma que Carolina pudesse ouvir,
“Eu te culpo, mas também entendo você. Conheço bem seu caráter, e sei que se não fosse por uma necessidade extrema, você não teria feito aquilo.”
Carlos se sentiu mal, seus olhos levemente se encheram de lágrimas,
“Afinal, eu devo desculpas a ela.”
“Todo mundo faz algo errado às vezes, o erro não é o problema, o problema é não querer se arrepender ou assumir a responsabilidade! Não é mesmo, mãe?” Carolina, surpresa por ser mencionada, gaguejou ao organizar suas palavras,
“…Sim, reconhecer os erros e corrigi-los é de grande valia. Um verdadeiro homem deve ter coragem de enfrentar as consequências de seus atos.”
Imediatamente, Miro disse a Carlos,
“Pai, você ouviu? Mãe disse que reconhecer os erros e corrigi-los é de grande valia. Um verdadeiro homem deve ter coragem de enfrentar as consequências de seus atos! Você é um homem, um verdadeiro homem! Você deve assumir a responsabilidade pelo que aconteceu no passado! Ter coragem para enfrentar as consequências!” Carlos murmurou, do fundo de seu coração.
“Se eu realmente pudesse encontrá-la, eu daria minha vida por ela!”
Carolina franziu a testa, “…”
Por que ela sempre sentia que pai e filho estavam falando sobre ela?!
Será porque sua situação era semelhante à da mãe de Miro?
Ela não sabia como a mãe de Miro reagiria a isso, mas ela já o tinha ressentido!
Mas por causa das crianças, ela havia deixado isso de lado.
Ela não queria se vingar dele por sua reivindicação, ela só queria ficar longe dele e levar as crianças para viverem suas próprias vidas.
Mas, colocando-se no lugar dele, o que Miro disse também não estava errado, o que foi feito para salvar sua própria vida naquela época era compreensível, até certo ponto! Contudo, ela definitivamente não ficaria com ele!
Se ela fosse a mãe de Miro, ela encontraria uma maneira de levar Miro consigo, sem querer nada dele!
Agora, ela só gostava dos filhos, gostava de dinheiro!
Os homens, aos olhos dela, não significavam nada!
“Miro, saia.” De repente, Carlos se levantou, cambaleando.
Carolina sabia que ele provavelmente precisava usar o banheiro, então rapidamente o ajudou a chegar lá, levando Miro para fora com ela.
Miro preocupado, “Pai pode ficar sozinho?”
Carolina, com um sorriso amargo, mesmo que ele não pudesse, quem poderia ajudá-lo nisso?!
Ela deu mais uma olhada no relógio, já eram quase três e meia.
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