Miro não gostava de interagir com estranhos, mas ao ver Lucas sentiu uma inexplicável proximidade.
Ele tomou a iniciativa de cumprimentá-lo: “Eu sou Miro, olá, tudo bem…”
“Olá, olá, bem-vindo e obrigado por se juntar à nossa grande família.”
“Obrigado por mim…?”
“Sim, sua presença nos trouxe felicidade, essa felicidade que você nos trouxe, então devemos agradecê-lo.”
Miro ficou surpreso, sentindo como se um raio de sol tivesse aquecido seu coração.
O calor de Lucas o comoveu profundamente.
Parecia que ele tinha aberto as portas para sua solidão e sua vida de repente ficou colorida.
O coração de Miro estava quente, mas naquele momento…
O coração de Carlos estava frio!
Afinal de contas, Ledo e Laín eram diferentes. Laín era racional e, além do ressentimento, havia um leve vínculo paternal entre ele e Carlos.
Mas Ledo só tinha ódio por Carlos, nenhum amor!
Nem um pingo de amor!
Aos seus olhos, quem quer que amasse sua mãe, ele amaria; quem quer que machucasse sua mãe, bem, esse era o inimigo!
“Por favor, não fale, eu quero silêncio.”
“Dê-me um momento de paz, preciso de silêncio.”
“Não fale!”
“Ei, você não entende o que as pessoas dizem? Você pode ficar quieto?”
Essas foram todas as palavras que seu filho disse a ele depois de entrar no carro.
Quatro frases frias, a última delas até mesmo agressiva.
Carlos olhou surpreso para seu filho, Miro nunca havia falado com ele daquela maneira!
Miro realmente o havia mandado calar a boca!
“Miro…”
“Ah, ah, ah…” – Ledo coçava a cabeça irritado.
Depois de um tempo, ele olhou para Carlos com raiva e disse entre dentes,
“Estou te avisando, estou te aguentando há muito tempo, muito tempo mesmo! Eu te digo, tem sido muito difícil, você melhor ficar quieto e não me obrigar a agir!” Ele realmente estava suportando!
Ver Carlinho o fazia querer agir! Mas o irmão tinha dito, Carlinho era seu pai verdadeiro, não podia bater!
Se batesse, não seria mais um bom menino, e não ser um bom menino envergonharia sua mãe!
Ele estava suportando pelo bem de sua mãe!
Mas Carlinho, sem noção, continuava falando com ele, e se continuasse assim, ele realmente não conseguiria controlar suas mãos!
Enquanto Ledo ainda rugia interiormente, Carlos já estava estupefato!
Ele parecia tão chocado como se tivesse sido atingido por um raio.
“Você, você ainda quer me bater?!”
“Eu quero! Muito mesmo!” – Ledo disse, rangendo os dentes: “Então fique quieto e não me force a agir!”
Carlos estava realmente irritado: “Miro!”
“Meu nome não é Miro!” – Ledo estava com raiva, e as palavras saíram sem pensar.
“Se você não é o Miro, qual é o seu nome?”
“Eu…” – Percebendo que havia falado demais, Ledo disse: “Eu não quero falar com você!”
Ledo virou o rosto para a janela do carro.
Carlos estava tão perturbado que até sua respiração estava desordenada: “Miro, olhe para o papai!”
“Não olho!”
“Ouça o papai!”
“Não ouço, não ouço, não vou ouvir, não fale comigo, não quero dizer uma palavra para você, vamos ignorar um ao outro!”
Ledo resmungava e até cobriu os ouvidos com as mãos.
O coração de Carlos estava ferido,
“Você realmente não gosta mais do papai agora?”
“Não gosto!”
“…só porque aceitou Carolina como mãe, você decidiu que não precisa mais do papai?”
“Carolina já é minha mãe! Eu nunca quis um pai, hum!”
Carlos ficou em silêncio.
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