Por causa disso, Carlos não fez cara feia para Carolina o dia todo.
Carolina também não deu atenção a ele, afinal, ele também não costumava fazer cara feia para ela!
Quando o jantar terminou, Carolina estava pronta para ir embora.
Nos últimos dias, ela estava lá durante o dia para fazer companhia ao Miro e, à noite, voltava para cuidar dos três pequenos. Quando ela estava prestes a levar Cano, Miro parecia claramente relutante em deixá-los ir, Carolina só podia consolá-lo,
“Depois que eu voltar, vou falar com o Ledo e talvez amanhã eu traga o Cano de volta para brincar com você.”
Embora ela quisesse que Miro fosse feliz, Cano era o animal de estimação de Ledo, ela não podia simplesmente decidir dar Cano a Miro sem consultá-lo. Ela também não podia simplesmente fazer Miro feliz. Tampouco poderia simplesmente fazer Miro feliz sem levar em conta os sentimentos de Ledo.
Miro silenciosamente devolveu Cano a ela e depois se virou para olhar pela janela.
Carolina, com um tom indulgente, disse: “Voltarei amanhã, até mais”.
Miro ignorou, com uma frieza digna.
Somente ao ouvir o som da porta se fechando, ele virou-se com uma expressão de mágoa e descontentamento.
Ele não queria que ela fosse embora, mas também se recusava a pedir para ela ficar.
Ele era como seu pai, orgulhoso demais para admitir seu sofrimento.
Na sala de estar, ao ver Carlos vestido de forma impecável na porta, Carolina ficou surpresa,
“Você vai me levar?!”
“Sim.”
“E o Bruno?” – Ultimamente, era Bruno quem a levava e a buscava.
Carlos, franzindo a testa, respondeu sem explicar: “Vamos ou não?”.
“…E o Miro? Você vai deixá-lo sozinho em casa?”
“Tem alguém para cuidar dele, não precisa se preocupar.”
Carolina relutantemente o seguiu pelas escadas.
Ele continuou dirigindo aquele Volkswagen comum e, durante a viagem, nenhum dos dois falou.
Foi só quando chegaram ao portão do condomínio, quando Carolina foi sair do carro, que ela percebeu que ele havia trancado a porta.
Carolina, alerta: “Por que você trancou a porta?”
Carlos desligou o carro, acendeu um cigarro e deu algumas tragadas antes de falar,
“A família Belo tem uma cerimônia de homenagem aos antepassados no próximo mês, no quinto dia, e precisamos que Miro participe e até faça um discurso. Você acha que pode convencê-lo?” Essa era a razão pela qual ele havia levado Carolina pessoalmente hoje.
Ele definitivamente não conseguiria lidar com a cerimônia, então por enquanto só podia contar com Carolina.
Carolina já tinha seus planos e, ao ouvir isso, perguntou com a testa franzida: “Ele tem que fazer um discurso?”
“Sim.”
“Ele não pode simplesmente participar sem fazer um discurso?”
“Não.”
“Por que sua família faz tanto alarde sobre uma cerimônia em homenagem aos antepassados?” – murmurou Carolina.
Carlos a olhou friamente: “Eu já falei com o Miro hoje, mas ele não concordou. Talvez ele ouça você❞.
“Por que ele me ouviria?
“Ele gosta de você.”
Um lampejo de alegria cruzou os olhos de Carolina: “Ele lhe disse isso?”
“Eu percebi.”
Carolina..: “Então vou falar com ele amanhã.”
“Hmm. Miro gosta de você, trate-o bem. O pagamento prometido não lhe faltará, por enquanto dez mil por dia, e se você se sair bem, haverá um bônus no final do mês.”
Ao mencionar dinheiro, Carolina imediatamente se animou: “Tem bônus também?!”
Vendo-a tão desesperada por dinheiro, Carlos apertou os lábios, desdenhoso.
Ela era o exemplo típico de alguém que se empolga ao ver dinheiro, uma verdadeira avarenta!
“Se você se sair bem, o bônus começa em cinquenta mil..”
Os olhos de Carolina se arregalaram: “Sério?”.
“Sim.”
“O bônus é de pelo menos cinco mil? Não são quinhentos?”
Carlos..: “Um cavalheiro mantém sua palavra, e o que é prometido é devido. Se eu disse cinquenta mil, nem um centavo a menos. Voltar atrás nisso seria desonroso!”
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