Quando chegou ao hospital, Carolina não se atreveu a ir direto para a ala de Miro, mas ficou do lado de fora da porta e deu uma olhada para dentro. Vendo o pequeno de pijama de hospital, sentado tranquilamente em frente à janela, observando o exterior, ela sentiu um misto de alívio e dor.
Ela havia ouvido de Nathan que Miro gostava de sentar-se à janela esperando por sua mamãe.
Ele queria que, no momento em que sua mãe voltasse, ele pudesse vê-la, para imediatamente correr para os braços dela.
Na mente de Carolina, ela até podia imaginar a cena…
Uma mulher gentil e bela aparecendo de repente do lado de fora da janela, olhando para Miro e acenando com um sorriso: Miro, mamãe voltou! Miro, extremamente emocionado, correria para fora do quarto, tropeçando e caindo nos braços de sua mãe…
Que foto linda, Miro deve ter se sentido a criança mais feliz do mundo!
Ah, quem sabe por que aquela mulher deixaria um filho tão adorável?
E será que ela sabe que seu filho adoeceu de tanta saudade? Se ela não sabe, tudo bem, mas se sabe, isso é de uma crueldade sem tamanho! Percebendo um movimento, Carlos virou a cabeça e viu uma pequena cabeça recuar rapidamente.
Mais tarde, voltou a aparecer, sorrateiramente.
Sabendo que era ela, um brilho incomum passou pelo canto do olho de Carlos, que se levantou e caminhou para fora do quarto. Carolina, ao vê-lo, disse:
“Eu ouvi do Dr. Castro que Miro acordou sem chorar nem fazer escândalo, como se tivesse esquecido o que aconteceu antes.” “… Sim.”
“Isso é bom, se ele lembrasse, provavelmente ficaria agitado. Eu fiz um pouco de canja nutritiva para ele, você pode levar para ele beber. Agora ele não pode comer outra coisa, só pode beber a canja.”
Carlos aceitou, hesitou por um momento, mas ainda assim agradeceu.
Carolina ficou atônita, ele até agradeceu?
Sem esperar que ela respondesse, Carlos acrescentou: “Espere um momento, eu tenho algo a dizer para você.”
“Hm? Oh.”
Carlos entrou com o pote térmico, enquanto Carolina continuava a espiar do lado de fora.
Quando Carlos abriu a marmita, o aroma se espalhou e seu estômago roncou vergonhosamente.
Ele também não tinha comido nada o dia todo, e a preocupação com Miro havia esgotado bastante sua energia, fazendo com que agora estivesse com muita fome.
No entanto, era óbvio que Carolina não havia preparado nada para ele; aquilo era apenas suficiente para Miro.
Ele serviu uma tigela de canja, mexendo até que esfriasse o suficiente para colocar na frente de Miro na pequena mesa redonda, “Miro, hora da canja.”
Miro olhou para o lado, como se estivesse sentindo algo, e virou a cabeça na direção de Carolina.
Carolina rapidamente se escondeu, batendo a cabeça acidentalmente e se apressando em massageá-la sem emitir nenhum som.
Carlos percebeu de relance o gesto dela, sua expressão mudou levemente, mas ele não disse nada.
Miro fecha os olhos, olha para o mingau por um momento e diz
“Isso não foi feito pelo papai.”
Carlos “…”, dessa vez ele não pôde mentir.
Desde que Miro acordou, ele estava constantemente ao seu lado, sem tempo para cozinhar.
“É, não foi o papai quem fez, mas está muito gostoso. Experimenta.”
Miro olha para a tigela de mingau e hesita.
Tanto Carlos quanto Carolina, do lado de fora, ficaram ansiosos.
Felizmente, após um breve momento de hesitação, Miro não recusou e finalmente pegou uma colher da canja, provando.
Depois de experimentar, ele não disse nada, apenas abaixou a cabeça e continuou a comer.
O coração de Carlos se acalmou.
Carolina, do lado de fora, respirou fundo várias vezes, preocupada que Miro recusasse sua comida, o que diminuiria suas chances de se aproximar dele.
Depois de um tempo, Carlos saiu do quarto, com Nathan lá dentro acompanhando Miro.
“Vamos conversar no terraço,” ele sugeriu.
“Hm? Não podemos falar aqui?”
Carlos não respondeu, virou-se e caminhou diretamente para o terraço.
Carolina, curiosa, observou sua figura imponente e seguiu-o.
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