Capitulo 586 Angela soltou uma risada irónica. A criança nem tinha nascido e ela já estava ansiosa para herdar o trono. De fato, a ambição não tinha limites. “O herdeiro da familia Martins deve ter uma origem impecável e a senhora, como mãe, nem sequer limpou a própria sujeira. Seu passado obscuro é mais do que suficiente para desqualificar seu filho. Se você realmente pensa no bem–estar da criança, deveria reconsiderar suas ações.” Essas palavras atingiram Leila em cheio. A familia Martins a havia proibido de entrar, não reconhecendo seu titulo de Lady. Será que era por causa de seu relacionamento com AK que eles tinham reservas? Mas se ela perdesse o apoio de AK, que força teria para se manter firme e lutar contra Angela e as outras sedutoras? Somente AK poderia ajudar seu filho a subir ao trono sem problemas. “Agora sou a senhora da familia Martins, e meu filho tem todo o direito de ser o herdeiro. Felipe me ama, ele sabe que fui forçada no passado e já me perdoou. Espero que seu filho desista voluntariamente, afinal, a família Martins não quer ver disputas entre irmãos.” Galeno soltou uma risada sarcastica: “Não se preocupe, tia, Nilo nem pensa em competir com a irmã.” “É um irmão, não uma irmã” – respondeu Leila com raiva. Galeno olhou para sua barriga e disse: “Quando ele nascer, veremos“. De qualquer forma, ele tinha certeza de que seria uma menina. A intuição das crianças geralmente é muito precisa. Quando terminaram de jantar, Felipe chegou. Leila se levantou rapidamente e agarrou o braço dele: “Amor, você já jantou?” Felipe a afastou, olhando para Ângela: “Você tem planos para mais tarde?” Galeno interrompeu: “Tio Felipe, nós vamos subir a colina até o topo da Candyland para fazer casas de doces“. “Ótimo, então vamos subir.” – Felipe sorriu levemente. Um lampejo de raiva passou pelos olhos de Leila. Aquele garoto fez isso de propósito, não foi? 05:12 Querido, estou grávida, não posso escalar.” Então fique no quarto esperando a gente.” – Felipe falou friamente. A frustração em Leila fluía como um rio interminável. Ela tinha que ficar ao lado dele, inseparáveis, para não dar nenhuma chance a Ângela. “Não quero ficar no quarto, quero ficar com você.” “Então venha escalar conosco.” – Felipe deixou a frase no ar e saiu. Leila teve vontade de bater a cabeça contra a parede. Como ela poderia escalar? E se isso afetasse o bebê? “Bebê, eu não posso escalar…” Ela gritou atrás dele, mas Felipe já estava longe. Galeno pegou Ângela e Ramalho pelas mãos: “Mamãe, tio, vamos escalar“. Ramalho sorriu: “Vamos lá, vamos lá, de mãos dadas, vamos lá, vamos lá, vamos dar uma volta“. Leila estava prestes a desmaiar de raiva. Era deliberado, eles queriam afastá–la! “Ângela!” – gritou ela, correndo para bloquear o caminho. “Você sabe que eu não consigo escalar, então espero que possamos fazer outra atividade.” – Ela falou com autoridade, se ela não pudesse ir, ninguém iria. Como se Ângela fosse ouvir. “Viemos passar férias com Ramalho, é a primeira vez dele na Cidade Mar e ele quer explorar, dar uma volta. Vamos aonde ele quiser.” Para Leila, era só uma desculpa. Ela se virou para Ramalho, forçando um sorriso exagerado: “Primo, vamos deixar de escalar, que tal irmos para o mar? Podemos pescar, pegar caranguejos, coletar conchas, vai ser tão divertido.” Ramalho fez beicinho: “Já fizemos isso ontem, quero ir até o topo do morro para fazer a casa de doces“. Leila estava prestes a explodir, mas se controlou: “Mas eu não posso ir, você deveria escolher uma atividade que todos nós possamos aproveitar. Se você separar Felipe e eu, nós dois ficaremos muito tristes“. Ramalho estufou as bochechas, batendo o pé: “Ah, eu não quero brincar com você“. Quando terminou de falar, agarrou a mão de Galeno e saiu correndo. 212