Capítulo 53 Seus dedos se apertaram de repente, e ela soltou um gemido abafado de dor, como se seu pulso fosse se partir. No momento em que parecia que ele iria perder o controle, ele soltou ela de repente. Levantando–se, ele pegou uma água mineral congelada da mesa e foi até a janela, tomando um grande gole. Aproveitando a oportunidade, Ângela Alves saltou do sofá, correu para a porta e a abriu com um puxão, tentando escapar. Mas Kevin estava ali com dois seguranças, bloqueando sua saída. “Leve ela para o aeroporto.” disse Felipe. Kevin fez um gesto de convite. “Vamos, Sra. Alves.” Ângela Alves respirou fundo, forçando–se a manter a calma. “Eu, pelo menos, preciso voltar ao meu quarto para arrumar minha mala e trocar de roupa e pôr algo mais confortável.” “Sua bagagem será preparada por outra pessoa,” disse Kevin. “Eu mesma vou arrumar. Detesto que estranhos toquem nas minhas coisas,” Ângela Alves respondeu irritada, saindo. No quarto, ela trancou a porta, ela já tinha um plano em mente. Vestiu um conjunto confortável de roupas e colocou tudo o que precisava na mochila. Em seguida, cortou os lençóis e a colcha, fazendo uma corda improvisada. Na universidade, ela costumava escalar com os colegas. Seu quarto ficava no terceiro andar, não era muito alto; ela poderia descer pela corda. “Sra. Alves, está pronta?” Kevin bateu na porta. “Estou com dor de barriga, preciso usar o banheiro. Espere mais um pouco.” Enquanto falava, Ângela amarrou a corda na balaustrada da varanda. Embora descer não fosse difícil para ela, ainda estava nervosa. Se algo desse errado e ela caísse, seria o fim! Depois de respirar fundo duas vezes, ela passou pela varanda e começou a descer cuidadosa e rapidamente. Sua blusa estava encharcada de suor. Quando seus pés tocaram o chão, ela suspirou aliviada e sem perder um segundo, saiu correndo. 1/3 15:20 Capitulo 53 Ela tinha que fugir do hotel, das garras de Felipe! No apartamento presidencial. Felipe colocou cachaça no copo e engoliu de uma vez.  O álcool queimava sua garganta, mas não aliviava o desconforto em seu peito; uma bola de fogo parecia crescer e revirar dentro dele, quase explodindo. Kevin ligou, “Má notícia, Sr. Felipe, a Sra. Alves fugiu.” “O quê?” Ele pulou do sofá, correndo para fora como um furacão. Naquele momento, Ângela Alves já havia entrado no metrô. Ela não sabia para onde ir; os voos para casa estavam esgotados, só podia reservar um para daqui a quatro dias. Sem conhecer a cidade, e sem falar a língua, era como se estivesse sozinha no mundo. A única pessoa em que podia pensar para pedir ajuda era… Mordeu o lábio, tirou o celular e ligou para Elton. “Elton, estou em apuros. Pode me ajudar?” “Onde você está? Estou a caminho.” “Estou no metrô, vou descer na estação Les Sablons.” Ela soletrou o nome da estação que não conseguia pronunciar. “Tudo bem, me espere na saída. Não saia de lá.” Ela mal desligou e viu a chamada de Felipe. Ela rapidamente desligou o celular. “Maldição!” Felipe socou a porta do carro, seus nervos estavam à flor da pele. Essa mulher enloqueceu? Como se atreveu a escalar para fora do terceiro andar? Se caisse, as consequências seriam graves. “Ainda não encontramos registro dela no hotel. Ela não conhece Paris, não fala francês. Se entrar numa área perigosa, será um desastre,” disse Kevin preocupado. O coração de Felipe batia rápido e irregular, sua angústia se contorcia em nós, seus membros tremiam com a tensão. 【Ângela Alves, é perigoso você estar sozinha lá fora. Volte agora.】 【Você quer morrer? Aqui é Paris, não é a Cidade Mar. Você pode encontrar criminosos à qualquer momento.] Capitulo 53 [Ligue o celular. Você quer morrer em terra estrangeira?] [Comporte–se e pare de fazer besteira.] “Se você não quiser ir para a Suíça, tudo bem, volte logo.” Ele não parava de mandar mensagens para ela pelo WhatsApp, enviando tantas que até perdeu a paciência. Além disso, listou todas as áreas perigosas para evitar que ela acabasse entrando nelas por engano.