Capitulo 196 Com um estrondo, a porta da sala se fechou com tanta força que todo o recinto tremia. Ela sentiu sua cabeça girar, caindo desamparada ao chão, como se fosse um vaso que se estilhaçara em mil pedaços, agora impossiveis de serem reunidos, Bruna, ouvindo o barulho, correu para fora do quarto e, vendo–a naquele estado, levou um susto tremendo e rapidamente a ajudou a se levantar. *Angela, você brigou com o Senhor novamente?” “Bruna, estou exausta, só quero dormir.” Ela não queria explicar, tampouco sabia o que dizer. Bruna suspirou e a acomodou na cama, Depois que ela saiu, Ângela puxou o cobertor sobre sua cabeça e começou a soluçar, chorando. Todas as suas mágoas, raiva e impotência transformaram–se em lágrimas pesarosas, jorrando como uma maré imparável. Na manhã seguinte, quando Angela Alves acordou, seus olhos estavam vermelhos e inchados. como duas castanhas. Levou um bom tempo aplicando compressas frias até que melhorassem um pouco. Ela se arrependeu amargamente de ter dado um tapa em Felipe. Deve ter sido os hormônios da gravidez que a fizeram tão instável e impulsival Afinal, ele era um magnata poderoso, um homem que parecia inatingivel. Provavelmente ela era a única pessoa viva na Terra que ousara lhe dar um tapa. Se ela não estivesse grávida de seu filho, ele certamente teria torcido seu pescoço e a despedaçado sem pensar duas vezes. Sentada à mesa do catérela mexia no seu copo de leite de soja, visivelmente abatida. Desta vez, ela e Felipe provavelmente romperam de vez, e ela suspeitava que ele não voltaria mais. Bruna chegou com ovos fritos. “Você sabia? Desde que o Senhor começou a se envolver com você, ele mudou muito.” Ela ficou surpresa. “Mudou em quê?” Bruna sentou–se ao seu lado, sorrindo levemente. “Eu vi o Senhor crescer. Ele sempre foi de manter uma cara fechada, nunca mostrava suas emoções, ninguém podia adivinhar o que ele estava pensando, até a matriarca da familia muitas vezes não conseguia compreendê–lo.” Angela Alves suspirou levemente. Ela também não conseguia entender. Coração de patrão, mistério do oceano! “Ele ainda é assim, uma montanha de gelo.” Poderia congelar alguém. Bruna sorriu. “Mas agora ele nem consegue controlar suas emoções na sua frente, isso não é uma mudança?” Angela Alves respirou fundo. Isso é porque ele a detesta tanto que nem consegue manter a calma. “Bruna, por favor, não tente me confortar.” Esse conforto era realmente peculiar. Bruna segurou sua mão. “Ângela, você é a mulher destinada a ele, caso contrário o destino não teria arranjado para que você engravidasse dele. Tenha paciência e logo verá a luz após a tempestade.” Melhor deixar pra lá! Ângela Alves sorriu amargamente. Era apenas uma piada cruel do destino. Talvez ela devesse algo a ele em uma vida passada, e agora estava apenas pagando essa divida ao ter seu filho. Depois de quitar essa dívida, eles estariam acertados, e cada um seguiria seu caminho em paz. Depois do café, ela foi para a empresa. Ela não tinha intenção de se desculpar com Felipe. Se ele não viesse, seu mundo finalmente teria paz. Que assim fosse, quebrar tudo para acabar logo. Felipe passou a noite em claro, destruindo dez sacos de areia. Agora ele estava convencido de que aquela mulher tinha a capacidade de o enfurecer. Ela não tinha importância alguma, mas sempre conseguia afetar seu humor, deixando–o ansioso, inquieto e raivoso ao ponto de perder completamente o controle. Durante a reunião, Ângela Alves não levantou a cabeça, mas aqueles olhos vermelhos e inchados foram completamente percebidos por ele, que sentiu uma pontada estranha no coração, embora sua raiva não diminuisse. Ängela Alves não ousava olhar para ele, com medo de ser fulminada por seu olhar a qualquer momento. Kevin percebeu a tensão, notando que tanto o Sr. Felipe quanto Ângela Alves tinham ferimentos nos lábios. Não foi preciso adivinhar muito para saber o que tinha acontecido! O alerta de tempestade foi elevado, e o índice de desastre subiu!