Capítulo 161 “Desculpa, mana!” Ele baixou os olhos, visivelmente abatido: “Você está doente, por que não me contou?” Ângela Alves acariciou sua cabeça: “Não é uma doença, é apenas um desequilibrio hormonal. O médico disse que eu sou jovem, que dá para tratar com remédios. Se não funcionar, farei uma operação simples. Não é nada sério.” Enzo Alves não se sentiu melhor com isso e, em comparação com sua irmã, ele era muito imaturo. Helena levantou o copo e tomou um gole do suco, passando o olhar por Ângela Alves e Tina. Eles eram tão próximos assim? Ângela Alves até compartilhava algo tão intimo quanto miomas uterinos com Tina? Por acaso ela já se considerava a cunhada? Não muito longe, Felipe percebeu algo estranho no ar, e ouvindo palavras–chave, levou a mão à testa, decidindo fingir que não ouviu nada. A tarde era livre, e Enzo Alves foi jogar paintball com Mike e Jerry. Ângela Alves e Jenny foram ao pomar, e mal começaram a colher tomates–cereja, viram Tina se aproximando, convidando–a para pescar. Chegando à área de pesca, ela percebeu que o chefão estava lá, e Helena também estava lá, sentada ao lado dele, pescando juntos. Tina a puxou para um assento vago ao lado dele. Ela começou a suar frio, sentindo–se como uma verdadeira ferramenta. Parecia que o drama do chefe com suas três esposas estava prestes a começar de novo! Felipe olhou para ela com uma expressão sombria. Ela suou internamente, forçando um sorriso: “Nossa, o Sr. Martins pegou tantos peixes, ele realmente é um mestre da pesca“. Os elogios podem penetrar até mesmo em paredes de pedra, e não há nada melhor para aliviar o desconforto do que uma dose de elogios. Mas o chefe não estava interessado, com um rosto sem expressão, frio como gelo. Uma brisa fria passou por ela, fazendo–a tremer. Ela rapidamente pegou a vara de pescar. É melhor ficar quieta. Helena murmurou para si mesma e se virou para dar um sorriso encantador para Felipe: “Felipe, amanhã é o aniversário do Mel, ele está com saudades de você. Você vai visitá–lo, certo?” Felipe confirmou levemente com a cabeça. 14:47 Angela Alves notou que, quando o chefe olhava para ela, era inverno rigoroso, mas ao virar–se para Helena, tornava–se uma brisa primaveril Helena era a queridinha, recebendo toda a adoração possível. Ela se inclinou discretamente e falou baixinho no ouvido de Tina: “Quem é Mel?” Tina, com as bochechas infladas de raiva, respondeu baixinho: “Um cavalo qualquer Felipe deu para Leila. Depois que ela morreu, Helena começou a cuidar dele.” “Ah” que o Angela Alves torceu a boca. Até o nome do cavalo tinha um cheiro doce de amor. Que casal mais meloso. *Helena queria tomar o lugar de Leila. E o chefe também a vê como um substituto para Lella, então… você sabe.” Sua voz era baixa, contida entre elas duas, cada palavra atingindo Tina profundamente. “Você não está vendo? Ela pode estar no topo agora, mas quando Leila estava viva, Helena vivia em sua sombra. De fato, no fundo, ela deve ter desejado a morte de Leila, para que não vivesse mais sob sua sombra.” Angela Alves pegou uma garrafa e tomou um gole de água. Para ela. Helena ainda vivia na sombra de Leila, porque no coração de Felipe, ela era apenas uma substituta. “Sra. Silva, a senhora é a esposa legitima, não pode se deixar abalar por essas trivialidades. A senhora tem que mostrar a força de uma verdadeira esposa. “Isso faz sentido!” Tina se animou, levantando a cabeça: “Felipe, amanhã minha mãe e minha tia combinaram de ir a Lago Claro para ver os crisântemos. Você não pode perder isso.” Felipe permaneceu em silêncio, com a sombra em seus olhos se aprofundando. A intrigante Tina cochichou com Ângela por um longo tempo. Será que ela estava tentando ser a conselheira? Sem resposta, Tina se sentiu desanimada, seus olhos se enchendo de lágrimas, prestes a chorar. Angela Alves rapidamente deu uns tapinhas no ombro dela, consolando–a: “Se o Sr. Martins não disse nada, com certeza é porque concordou.” Mal ela terminou de falar, e uma voz fria ecoou: “Você por acaso é vidente para saber o que eu penso?”