Capítulo 1321A Sra. Pires estava furiosa e eu não aguentei a pressão. Precisava encontrar alguém para desviar a atenção: “Quem foi que deixou essa louca
entrar?” gritei para o garçom que estava à minha frente.
Uma jovem assustada se adiantou, quase às lágrimas, claramente em pânico: “Desculpe, gerente. Ela disse que conhecia a Sra. Isabella e queria
falar com ela. Ela estava vestida em uma roupa de grife e parecia uma princesa rica, então pensei que fosse amiga da Sra. Isabella. Não me atrevi a
desrespeitá-la e a deixei entrar…”
Afinal, questionar os amigos da Dona Isabella era algo que eu não tinha coragem de fazer, e ela poderia levar uma bronca…
“Mas nunca imaginei que ela fosse pirada… Me desculpe, chefe, eu errei. Não vai se repetir…” Geórgia estava aos prantos, completamente sem
saber o que fazer.
“Você acha que pedir desculpa resolve? Não viu que a Dona Isabella ficou toda suja de champanhe? Sabe quanto custa o vestido dela? Se eu te
contar, você cai dura!”
“Me desculpe, chefe, eu realmente estou arrependida. Vou pedir desculpa para a Dona Isabella agora…” Geórgia se aproximou de Isabella, se
curvando em uma enxurrada de desculpas e chorando: “Me desculpe, Dona Isabella, me desculpe, Dona Pires… Eu realmente não sabia quem ela
era, jamais teria deixado ela entrar se soubesse do escândalo que ela ja causar…”
“Menos lágrimas e mais atitude! De que adianta desculpa agora que a besteira foi feita?” Eu, Grente Guedes, dei uma bronca daquelas nela,
fazendo Geórgia chorar ainda mais.
“Não foi culpa sua” – falou Isabella, olhando para a garota. Elas tinham mais ou menos a mesma idade, mas a jovem já estava ralando para se
sustentar.
Vendo uma chance de acalmar os ânimos, eu pressionei: “A Dona Isabella é compreensiva e não te culpa. Já agradeceu? Se você tivesse que
bancar o vestido dela, ia trabalhar cinquenta anos e ainda assim não dava!”
Geórgia sabia o valor da roupa de Isabella e tinha noção de que não tinha grana para pagar, mas a generosidade e grandeza de Isabella em não
ligar para isso a deixaram tão agradecida que ela quase se ajoelhou.novelbin
Isabella logo impediu: “Você não fez nada de errado, por que se ajoelhar?”
Se a gente fosse interrogar cada cliente que entra no restaurante, como a gente ia trabalhar? Quem ia querer vir aqui?
Como a gente ia garantir que o cliente não ia mentir? Ou que era uma pessoa do bem?
“Além do mais” – continuou Isabella: “você limpou o champanhe da minha roupa na hora, eu que devo agradecer a você.
Geórgia não esperava que Isabella fosse agradecer e começou a chorar mais ainda.
Samara sabia que a raiz do
problema não estava no
restaurante. À saia rosa que ela viu
nas câmeras de segurança fez ela
embrar de alguém. Conteúdo
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Ela não se conteve e perguntou:
“Bella, ela é a mesma pessoa que
brigou com você pela roupa hoje na
Rua Lysées? Vocês se conhecem?”
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“Sim, é ela. A gente se conhece.”
“Podem ir todos embora.”
Martin era um dos seus fiéis que tinha conseguido através de Sancho.
Depois de passar as ordens e guardar o celular, Samara olhou para Isabella: “Você não saiu no prejuízo, né?”
Isabella deu um sorriso leve e disse: “Não, quem saiu perdendo foi ela.”