Capítulo 1232Os convidados da cerimônia foram envolvidos pela emoção, com os olhos embaçados de lágrimas,
assistiram ao caixão sendo enterrado e a lápide sendo colocada em pé.
“Solicito que todos os presentes façam uma última homenagem ao falecido — uma reverência —
duas reverências — três reverências —”
As orientações do celebrante fizeram com que todos se curvassem em respeito, uma, duas, três
vezes, dizendo adeus ao ente amado.
A chuva caía espessa, cobrindo tudo com um manto frio.
Ofélia ajoelhava-se na água, abraçada à lápide, hesitante em deixar o local, enquanto Reginaldo
também se ajoelhava ao lado, fixando a foto da filha na lápide, derramando muitas lágrimas.
Os familiares dos Campos faziam esforços infrutíferos para confortá-los, limitando-se a se inclinar
em agradecimento aos que vieram oferecer suas condolências.
Aos poucos, os convidados começavam a se retirar de maneira organizada.
Carlos e Nair Pires desejavam permanecer e oferecer seu apoio.
De longe, Dennis observava as duas figuras ajoelhadas na lápide, parecendo envelhecer vinte
anos num piscar de olhos, abatidos pela dor.
“Salete, de agora em diante, prometo zelar pelo seu tio e sua tia, cuidar para que estejam seguros,
fica tranquila.” – Dennis, com os olhos avermelhados, fazia a promessa em silêncio olhando para a
foto de Salete na lápide: “Aqueles que te fizeram mal, nenhum vai ficar impune, que você encontre
paz no outro lado. Me perdoe, nesta vida, lamento muito por tudo.”
O sorriso luminoso da jovem na foto continuava intocado.Isabella, ao ver Dennis parado na chuva, imóvel por um longo tempo como uma estátua,
aproximou-se e sugeriu: “Dennis, vamos, deixa o tio e a tia desfrutarem de mais alguns momentos
com a Salete.”
Ficar ali não traria Salete de volta, Reginaldo e Ofélia só queriam estar ao lado da filha em
silêncio…
Todas as desculpas, a culpa, nada disso tinha significado para eles agora…
“Certo.”
Dennis finalmente desviou o olhar, saindo do cemitério com o coração pesado.
“Dennis, ontem à noite descobri algumas pistas sobre aqueles sujeitos, te mandei pelo Whatsapp.”
novelbinIsabella sabia que Dennis ansiava por fazer justiça com as próprias mãos.
“Meus homens também acharam algumas coisas, Dennis, estou te enviando agora.”
Célio compartilhou todas as informações que tinha com Dennis.
“Eu também descobri algumas pistas, espero que desta vez consigamos pegá-los de vez.” – A voz
de Dennis estava carregada de tristeza e revolta: “Vão na frente, vou ficar mais um pouco.”
Ele desejava permanecer mais um tempo ao lado da lápide de Salete.
Isabella concordou e, junto com Célio, se foi. Eles não seguiram para o banquete de luto, mas
voltaram para a Vila Costa.
“Quando meus pais chegarem hoje à noite, vou perguntar o endereço do meu avô, talvez precise
viajar para fora.” – Isabella se antecipou.Célio enrolou o cachecol ao redor do pescoço, falando carinhosamente: “Tudo bem, depois me
conta como foi.”
“Cuide-se no caminho.” – Isabella recusou o cachecol dele, mas o tirou e o colocou de volta no
pescoço dele: “Está frio lá fora, eu já cheguei em casa, não preciso.”
Era a primeira vez que Célio se sentia cuidado com tanto afeto por alguém, e ao ver os olhos dela
tão cuidadosos e belos, não pôde evitar sorrir ternamente.
“Entre logo, começou a chovar mais forte.” – Célio falou com carinho: “Vou esperar você entrar para
depois ir embora.”
“Você pode ir primeiro.”
“Quero ver você entrar.”
“…” – No fim, Isabella não conseguiu insistir, e ao ver a chuva caindo mais forte, apressou-se para
dentro da casa à beira do lago.
Célio sabia que ela andava rápido para que ele pudesse ir embora logo, não querendo que ele
ficasse ao relento…