Capítulo 1231″Como está, Isabella? Ainda temos esperança?” – Ofélia segurava a esperança com todas as
forças, olhando ansiosa para Isabella, na expectativa de ouvir dela um milagre.
O olhar de Isabella se fixou nela, e com hesitação, ela disse: “Tia, não há mais sinais vitais.”
“Não, não pode ser…” – Ofélia negava com a cabeça, recusando-se a aceitar: “Dê uma olhada de
novo… Eu sinto que ela ainda está conosco…”
Afinal, se o grande médico Dacio dissesse que ela estava viva, com certeza estaria!
A menina no caixão, depois de ser cuidadosamente arrumada pelo agente funerário, parecia uma
princesa em seu sono eterno, indistinguível de como era em vida.
“Ela de fato parou de respirar.” – Isabella, com o coração apertado, teve que admitir a verdade: “Ela
se foi.”
Ofélia não conseguiu suportar essa realidade. Lá estava sua filha, repousando serenamente. Ela
recordava do ano passado, quando elas foram fotografar num campo de flores que era febre nas
redes sociais. Sua filha estava entre as flores coloridas, com os olhos cerrados, rendendo muitas
fotos encantadoras…
Sua filha, naquele momento, era como agora, entre flores…
Sua filha apenas dormia…
Ela estava só dormindo!
“Vamos fechar o caixão—” – anunciou o cerimonialista.”Não, esperem… minha filha, não me deixe…” – Ofélia gritava em desespero, desmaiando de
súbito.
“Ofélia, Ofélia…” – Reginaldo correu para ampará-la, olhando para a esposa com um rosto marcado
pelo tempo, desabando em pranto: “Alguém, por favor, chame um doutor…”
“Deixem que eu vejo a tia, eu previ que isso poderia acontecer e trouxe o kit de acupuntura que
Célio me deu.”
“Isabella, como ela está? Ela desmaiou de tanto sofrer?” – Nair Pires, preocupada, indagou.
“Sim, o excesso de emoção pode provocar uma queda de pressão, levando ao desmaio. Vou usar
algumas agulhas para ajudá-la.”
novelbin”Entendido.”
Ao ouvir Isabella, Nair Pires se sentiu um pouco mais tranquila.
Isabella usou as agulhas de acupuntura em pontos estratégicos de Ofélia, e depois de algum
tempo, ela enfim abriu os olhos. Mas ao se deparar novamente com as pessoas ao seu redor
vestidas de luto, a lembrança do funeral da filha a invadiu, e as lágrimas voltaram a correr.
“Ofélia, você está melhor?” – perguntou Reginaldo, chorando: “Meu coração não aguenta mais um
baque. Não me assuste assim, já perdemos Salete, não quero te perder também…”
“Ah, Reginaldo…” – Ofélia não resistiu em abraçá-lo e chorar junto.
Após alguns momentos, o funeral finalmente prosseguiu.
“Que as bênçãos divinas nos acompanhem, que o descanso eterno seja concedido do além, que a
longevidade abençoe os vivos, que as sombras se mantenham distantes, e que a prosperidadesiga nossos descendentes…”
Reginaldo e Ofélia observavam, chorando ainda mais, enquanto os pregos eram fincados no
caixão.
Dennis, ao lado, sentia-se impelido a agir. Ele tinha que fazer justiça por Salete, não podia deixar
que o tio e a tia sofressem essa dor em vão.
Quando o caixão foi selado, quatro carregadores o ergueram e iniciaram a marcha fúnebre.
Ofélia, carregando o retrato da filha, seguia num estado de completo desamparo.
Atrás dela, a Família Campos carregava flores e velas enquanto a melodia fúnebre preenchia o ar.
À frente, o repouso final de Salete os aguardava.
“Preparem-se para o enterro—” – a voz forte e resoluta do mestre de cerimônias soou, e o caixão
foi colocado na cova.
A terra caía sobre o caixão, parecendo encher lentamente a cova.
Ofélia chorava como se o mundo estivesse desabando.
Reginaldo sabia que, uma vez que a terra cobrisse o caixão, ele e sua filha estariam
verdadeiramente separados por mundos diferentes… Ele soltava um choro profundo e doloroso.