Capítulo 1166Salete usou suas conexões há um mês e garantiu o fornecimento de medicamentos para os
próximos dez anos, que serão entregues em Vila Costa em horários fixos todos os anos.
Nair Pires estava bem até atender o telefone, mas assim que o fez, irrompeu em lágrimas
incontroláveis.
A maturidade e a sensibilidade da garota fizeram com que naquele momento seu coração doesse
como se fosse cortado por uma faca…
“Sra. Nair? O que aconteceu?” A pessoa do outro lado da linha estava completamente confusa
com o choro súbito de Nair, preocupada, perguntou: “Alô, Nair, você está bem?”
Isabella viu que aquela tristeza profunda não terminaria tão cedo, então foi trocar seu uniforme
estéril e higienizou as mãos.
Célio abriu uma tigela de sopa quente esperando por ela. Quando ela saiu, ele prontamente a
ofereceu, dizendo: “Beba um pouco para se sentir melhor.”
Desde as dez da noite anterior até as sete da noite daquele dia, Isabella havia trabalhado por vinte
e uma horas seguidas, não apenas tentando salvar Salete, mas também Otília Sampaio…
Durante todo esse tempo, ela só havia bebido uma garrafa de leite. Não teve tempo para sentar e
descansar, mal conseguia respirar direito.
Célio, ao ver o vermelho cansado em seus olhos, disse com carinho: “O jantar foi preparado
novamente pelo chef, eu vou te alimentar.”
Isabella bebeu a sopa e já se sentia exausta. “Vou falar com Dennis um momento e depois vou
embora.””Tudo bem.”
novelbinCélio pensou que a garota devia estar realmente exausta para não querer comer, e isso fez seu
coração apertar ainda mais.
“Isabella.” Nair Pires viu que a filha estava visivelmente cansada e preocupada, então enxugou as
lágrimas e perguntou com carinho, “Você deve estar muito cansada. Vou pedir ao motorista para te
levar para casa e fazer o jantar que você gosta. O que você gostaria de comer?”
“Não precisa se incomodar, Célio já cuidou de tudo, mas o Dennis…”
Isabella olhou para o homem no canto, que ainda estava sentado no chão, com os ombros
tremendo, como se tivesse caído em um abismo de tristeza, incapaz de se libertar.
“Dennis…” Nair Pires, vendo o estado dele, não disse mais nada. “Não se preocupe com ele agora,
seu tio Carlos e sua tia estão muito tristes, eu e seu pai ficaremos aqui para consolá-los. Você
pode ir para casa.”
“Obrigado pelo esforço.” Carlos disse, sentindo-se culpado.
“Não foi nada.”
Isabella então foi até Dennis, agachou-se ao seu lado e o confortou gentilmente: “Chore o quanto
precisar, vai se sentir melhor desabafando.”
Dennis levantou os olhos, vermelhos e confusos, perguntando: “Por quê?”
Por que aqueles homens haviam sido tão cruéis com Stefano Sampaio, Cenira e Salete…
Eles tinham três reféns, não poderiam simplesmente ter usado isso para forçá-lo, ou fazer Otília ou
Isabella aparecer.Por que torturar esses reféns até a morte?
O que aquele grupo ganharia com isso??
“No passado, eles queriam nos forçar a aparecer usando as pessoas ao nosso redor” Isabella
explicou calmamente. “Mas agora não é mais assim.”
Dennis, com os olhos ainda marejados, olhou para ela sem entender completamente.
“Parece que agora eles querem que as pessoas próximas a nós morram uma após a outra, para
que soframos a dor de perder entes queridos.”
Otília Sampaio era vista como uma ‘traidora’ aos olhos deles, e não conseguindo capturá-la,
machucar as pessoas ao seu redor era uma forma de fazê-la sofrer.
E Isabella era um alvo porque “se metia demais”, ajudando Otília Sampaio a escapar várias
vezes… então ela atraiu a atenção daquele grupo.
É claro que eles também não poupariam Dennis, pois foi a relação dele com Otília Sampaio que
fez com que ela tivesse o desejo de “trair” e se afastar deles, desejando um fim com Dennis…