Capítulo 1258O avião inteiro balançava nas nuvens, como um pequeno barco oscilando à mercê de uma
tempestade…
Inês se contorcia com os solavancos da aeronave, enquanto objetos caíam pelo corredor da
cabine.
Isabella imediatamente foi para a cabine, o piloto já não conseguia mais se manter de pé, então ela
o ajudou a se sentar no banco do co-piloto e rapidamente assumiu os controles.
“Ah…” O grito apavorado de Inês ecoou pela cabine dos passageiros.
Num movimento rápido, Isabella ajudou o piloto a se acomodar no assento do copiloto e logo
tomou o controle, empurrando o manche.
Ela já tinha pilotado aviões antes, seu avô Leno tinha uma coleção de aviões particulares e ela já
havia pilotado um deles em viagens de negócios…
novelbinMas aquele modelo de avião era o mais moderno e diferente de todos que ela já havia pilotado.
Era sua primeira vez naquele equipamento.
A situação exigia que ela elevasse o avião à altura original o mais rápido possível, estabilizasse o
voo e seguisse a rota até pousar com segurança no heliponto da casa do seu tio.
Devido à queda brusca, a altitude estava perigosamente baixa e, do cockpit, Isabella podia ver as
casas compactas lá embaixo. Para evitar um desastre, ela fez uma manobra arriscada, levantando
o avião de volta aos céus.
Os moradores da pequena cidade assistiam atônitos enquanto a imensa aeronave despencava e
então subia velozmente.Estavam apavorados e mal podiam acreditar no que tinham visto…
Se o avião caísse, a cidade estaria condenada!
Inês, paralisada de medo, gritava sem parar, cobrindo os ouvidos e se escondendo em um canto
até que o avião parou de tremer e nuvens brancas flutuantes apareceram do lado de fora da
janela…
Ela mal podia acreditar e por um bom tempo ficou atônita olhando ao redor até perceber que os
objetos no chão haviam parado de se mover…
Foi quando ela percebeu que estava segura!!
Era a Sra. Isabella??
A Sra. Isabella sabia pilotar um avião?!
Meu Deus, a Sra. Isabella parecia saber fazer tudo!!
“Inês.”
A voz de Isabella vinha do outro lado do sistema, com a calma de sempre.
Ainda tremendo de medo, Inês ouviu a voz de Isabella e imediatamente começou a chorar. Ela
estava tão assustada que mal conseguia se manter de pé, então se arrastou até a porta da cabine
e se aproximou do sistema. “Sra. Isabella, estou aqui, estou bem…”
“O piloto está mal, venha aqui.”
Ao ouvir que Lurdes estava em apuros, Inês apressou-se em se levantar, apoiando-se no sofá,
mas suas pernas cederam e ela caiu de joelhos novamente…”Senhora, não consigo… Minhas pernas estão bambas…” A voz de Inês era chorosa e ela falava
envergonhada.
“Há pontos de pressão que você precisa saber.” Isabella, sentada no comando, apertava alguns
botões e instruía Inês a massagear certos pontos enquanto observava a rota na tela, assegurando
que o avião estava no trajeto correto.
Seguindo as instruções de Isabella, Inês conseguiu se levantar rapidamente, maravilhada
novamente com a capacidade da Sra. Isabella…
“Traga minha mochila.”
“Sim.” Inês pegou a mochila de Isabella e em pouco tempo estava no cockpit, vendo a Sra. Isabella
operar os controles com serenidade. Suas pernas fraquejaram e ela instintivamente segurou a
cadeira.
Ver a Sra. Isabella pilotando o avião era uma experiência impressionante…
“Sra. Isabella, trouxe as coisas.” Sua voz tremia.
“Me dê a mão dela.”
Inês então percebeu Lurdes no assento do copiloto e rapidamente estendeu a mão dela para
Isabella verificar o pulso.
Isabella deixou seus dedos delicados repousarem sobre o pulso de Lurdes, mantendo seus olhos
fixos à frente. “Um ataque cardíaco súbito. Abra minha mochila, tem um pequeno frasco branco
dentro, tire um comprimido, esmague e misture com água, depois dê para ela beber.”
“Oh, claro…” Inês apressou-se em seguir as instruções.Ela mal podia acreditar que a Sra. Isabella conseguia pilotar o avião e ao mesmo tempo salvar uma
vida…