Capítulo 1180O mau humor de Célio se esvaneceu quase imediatamente ao se levantar e caminhar em direção à
moça, seus olhos ainda brilhando com uma mistura de surpresa e felicidade.
“Você acabou de…” – Isabella retribuiu o olhar com um sorriso suave: “me pedir para fazer o quê?”
“Para entrar.” – Célio a envolveu rapidamente em seus braços, respirando fundo o perfume que ela
trazia: “Veio me fazer uma visita?”
“A Sra. Isabella trouxe várias coisas para o senhor.” – Na entrada, Vicente segurava uma bolsa
grande.
Célio, visivelmente animado, questionou a moça em seus braços: “O que tem aí?”
“São várias coisas, tanto para comer quanto para usar.”
“Então não demore, traga aqui para dentro.” – Com um gesto, Célio indicou para que Vicente
trouxesse a bolsa.
novelbin”Essa surpresa, eu mesmo quero abrir mais tarde.”
Após dizer isso, Célio examinou a jovem com um olhar alegre: “Por que não me avisou que viria?
Eu teria ido ao seu encontro.”
“Queria te surpreender.”
“E que surpresa maravilhosa.”
Qualquer vestígio de aborrecimento se dissipou, substituído por uma onda de felicidade que
preenchia seu coração.”Faz um tempo que você não aparece por aqui.” Célio a olhava afetuosamente: “Terei o prazer de
mais surpresas como essa no futuro?”
“Com certeza.”
…
Ao lado, Juliana observava a cena entre eles, atônita e sem conseguir acreditar no que seus olhos
viam.
O homem que, segundos atrás, demonstrava uma fúria indomável, agora se mostrava
extremamente carinhoso com uma jovem…
E parecia genuinamente feliz com a visita inesperada dela…
Quem seria essa moça?
Será que ela era a namorada secreta do Diretor Célio?
Mas ela parecia tão jovem, talvez nem tivesse começado a universidade ainda.
Como o Diretor Célio poderia estar interessado em alguém assim?
“O que aconteceu antes?” – Isabella perguntou, olhando-o preocupada.
“O café que ela me serviu estava estranho.”
Isabella seguiu o olhar de Célio e notou a mulher ao lado, um tanto desleixada, com a camisa
branca manchada de café e três botões desfeitos, como se fosse intencional.
No chão, jaziam cacos de xícara e o escuro líquido do café.Isabella se abaixou e tocou o café derramado com um dedo, levando-o ao nariz para cheirar: “Água
dos deuses?”
Falava-se que uma única gota era capaz de induzir um êxtase divino, uma verdadeira novidade no
mercado.
A expressão de Juliana era de puro espanto, incrédula com a habilidade olfativa da moça, que
identificou a substância instantaneamente…
Mas ela jamais admitiria, sacudindo a cabeça: “Não faço ideia do que você está falando…”
“Não estávamos discutindo sobre mudanças na equipe?” – Isabella se levantou e se aproximou de
Juliana, com um olhar sereno que exalava autoridade: “É necessário desabotoar para ter essa
conversa?”
“Eu, eu realmente não sei o que houve com os botões…”
Sob o olhar firme de Isabella, Juliana sentiu-se diminuída.
“Por acaso, gosta dele?” – Isabella foi direta ao ponto.