Capítulo 1148Quando Mariana chegou a esse ponto, começou a soluçar novamente, e as lágrimas caíam como
pérolas desenfiadas, uma a uma.
“Eu realmente não fiz de propósito… ver a minha avó tão machucada, me sinto tão culpada, queria
que todas as feridas fossem em mim…”
Todos olhavam para ela, chorando sem parar, seus cabelos desarrumados e as roupas molhadas…
“Por que a cadeira de rodas deslizou?” perguntou Isabella.
“Os jacarandás do jardim estavam floridas, havia tantas e tão belas. Eu estava empurrando a vovó
para vê-las, queria pegar algumas para colocar no seu quarto, mas estavam muito altas. Pulei
várias vezes e, ao cair, acidentalmente bati na cadeira de rodas…”
Talvez sabendo que a culpa era sua, Mariana chorava convulsivamente, abraçando a sua mãe,
Nair Pires.
“Mãe, eu juro que não foi de propósito, a vovó cuidou de mim por dezoito anos, eu jamais faria mal
a ela. Naquele momento, tudo o que eu queria era pegar as flores para ela, a vovó adora flores…”
Nair Pires viu sua filha chorando e acariciou suas costas, “Já aconteceu, chorar não vai ajudar. Da
próxima vez, seja mais cuidadosa, sua avó ainda está doente, e agora, com essa queda, vai sofrer
ainda mais.”
“Eu entendi, mãe. Não vou mais tomar decisões sozinha, daqui para frente vou pedir sua
permissão para tudo, não vou mais deixar a vovó se machucar…”
Mariana chorava de dar dó.
A empregada, comovida, saiu em sua defesa.”De longe, eu vi a cadeira deslizar, a Sra. Mariana foi a primeira a correr para socorrer a Senhora,
mas a cadeira era pesada demais e estava deslizando muito rápido, a Sra. Mariana acabou sendo
arrastada para frente, caindo mais longe que a Senhora…”
novelbin”Deixe a Mariana ir trocar de roupa,” disse Marcos. E depois instruiu a cuidadora ao lado, “A
Senhora está com Isabella, vá ver onde a Mariana se machucou e passe um remédio nela.”
“Sim, senhor,” a cuidadora se aproximou de Mariana.
Mariana ainda chorava, “Tio, me desculpe, eu realmente não fiz de propósito…”
Nesse momento, Isabella notou que a pessoa na cama abria um olho, e uma voz fraca se fez ouvir.
“Isabella…”
“Vovó, estou aqui,” Isabella se inclinou rapidamente e perguntou com suavidade, “O que foi? Está
sentindo dor em algum lugar?”
“Meu estômago está tão desconfortável… quero vomitar…” a expressão de Vanessa estava muito
dolorida.
“Calma, eu vou te ajudar a sentar.” Mal Isabella a levantou um pouco e a empregada trouxe um
lixo, Vanessa vomitou com violência.
“Mingau de tapioca?” Isabella percebeu imediatamente, “Quem deu mingau de tapioca para a
vovó?”
A empregada olhou nervosamente para Mariana.
Mariana, confusa, explicou, “Eu li na internet que mingau de tapioca pode ser bom para hidratar e
nutrir o estômago, então fiz um pouco para a vovó, ela sempre gostou…”A empregada trouxe um copo para Vanessa enxaguar a boca.
Outra empregada trouxe uma toalha morna para limpar o rosto de Vanessa.
Uma terceira empregada trouxe um copo de água morna para a idosa beber e aliviar a garganta.
O sistema de purificação do ar foi ligado e Isabella ajudou Vanessa a se deitar lentamente, antes
de dizer, “A vovó tem digestão fraca, a tapioca e o arroz que vem nela podem sobrecarregar o
estômago, causando gases.”
“Eu… eu não sabia…” Mariana estava um pouco nervosa, era apenas mingau de tapioca, como
poderia causar gases…
“Mariana, da próxima vez que for alimentar a vovó, você tem que perguntar para a cuidadora ou
para Isabella,” disse Nair Pires, não esperando que tal incidente acontecesse e sua mãe sofresse
mais uma vez.
“A intenção da menina era boa, ela não sabia…” Carlos tentou acalmar a situação, “Levem a
Mariana para trocar de roupa.”