Carlos carregou Carolina nos braços de volta ao quarto do hospital de Miro.
O quarto de Miro era uma suíte, equipada não apenas com uma cama hospitalar especial, mas também com um quarto para acompanhantes e uma cozinha com banheiro.
Carlos colocou-a cuidadosamente na cama do quarto para acompanhantes, ajeitou o travesseiro e cobriu-a com um cobertor.
Ele então chamou a médica para examiná-la mais uma vez.
Embora Carolina não fosse uma “flor de estufa”, mais forte que as damas da família Belo, ela não conhecia artes marciais e, afinal, uma luta a mais, o rosto não ficou corado, o corpo ainda está parcialmente machucado.
A médica tirou fotos dos ferimentos e mostrou a Carlos, deixando-o pálido de raiva!
Ele pegou seu celular e ligou para Paulo, mencionando alguns nomes,
“Mande-as para o exterior, hoje mesmo, e que nunca mais voltem!”
Paulo, já ciente de toda a situação, tentou aconselhar,
“Afinal, são família, Carlos. O sangue da família Belo corre em suas veias. Seria bom perdoar, especialmente porque a Srta. Paz não sofreu grandes perdas, não é? Dê-lhes uma chance.” “Perdoar é algo para Deus. Eu só as enviarei para encontrá-lo. Se não quiserem sair do país, que esperem pela morte! Amanhã será um dia auspicioso, tudo será resolvido!”
“Carlos, precisa ser tão implacável? Por causa de uma estrangeira, forçar sua própria família a se exilar, nunca mais podendo retornar?”
“O que define um estrangeiro? Quem é de fato da família?”
“Você e suas tias compartilham o mesmo sangue, eles são sua família.”
Carlos soltou uma risada fria, carregada de desprezo, “Aos meus olhos, o sangue é a coisa mais inútil! Quem trata bem a mim e ao Miro é um dos nossos, e todos os outros são estranhos!” Este é um pensamento que está gravado nos ossos de Carlos desde criança.
Ele não achava que a linhagem fosse tão importante. Se fosse realmente tão importante, seus pais não teriam morrido tragicamente em um país estrangeiro!
“Paulo, Gabriela, e os outros Belos, todos compartilham laços de sangue comigo. Como eles me trataram? E Bruno, Ivo, Nathan, Mateus, que não compartilham nenhum vínculo de sangue comigo, como eles me trataram?”
“Bruno e os outros arriscariam suas vidas por mim, enquanto os Belos só desejam a minha morte!”
“A aristocracia sempre valorizou a pureza sanguínea, mas ironicamente, é onde os laços familiares são mais negligenciados. Isso é o que mais abomino!”
Paulo estava prestes a dizer algo mais, quando Carlos deixou escapar.
“Elas têm um dia para decidir. E mais, todos sabem como sou protetor com os meus. Carolina é uma das minhas pessoas. Mantenham-se afastados dela, para não me provocarem!”
Desligando o telefone, Carlos soltou um longo suspiro para dissipar sua raiva.
Somente depois de se acalmar, ele guardou o celular e voltou para o lado de Carolina.
Sentou-se silenciosamente ao lado da cama, acariciando sua mão delicadamente, com olhos cheios de carinho.
Como ela podia ser tão teimosa?
Tão frágil que parecia que um sopro a levaria embora, ainda assim ousava brigar!
Sabendo que ele está no hospital, com raiva de vir até ele, ele a ajudará a lutar, por que ela precisava se envolver?
Suas mãos não doem?
E os hematomas em seu corpo, não doem?
Carlos ficava cada vez mais angustiado ao pensar nisso.
Olhando para ela, seu afeto só aumentava.
Involuntariamente, ele levantou a mão para tocar seu rosto, suas sobrancelhas e o pequeno nariz, mas hesitou antes de tocar seus lábios, temendo perder o controle.
A médica mencionou um arranhão na clavícula de Carolina, e Carlos, curioso, levantou levemente o cobertor e puxou a gola de sua roupa para ver melhor, quando de repente-
Carolina abriu os olhos!
A mão de Carlos, ainda apoiada no colarinho dela, foi puxada para baixo um pouco por ele.
Quatro olhos se encontraram, com expressões diferentes.
Carolina, assustada, afastou sua mão bruscamente e sentou-se, dando-lhe um tapa no rosto,
“O que você está fazendo?!”
O som do tapa ecoou pelo quarto, como se o ar tivesse se solidificado.
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