Miro ouviu a conversa e ficou um pouco preocupado.
“Ledo vai se passar por mim e voltar para casa com papai, está bem?”
Parecia que não era a melhor ideia, mas não havia alternativa melhor.
Laín não queria que Miro se preocupasse e o confortou,
“Vai ficar tudo bem, não se preocupe. Mas como Ledo foi com Carlos, você terá de voltar comigo para o berçário. Você consegue se virar?” Considerando que Miro sofria de um problema psicológico e quase não tinha contato com estranhos, Laín ficou um pouco preocupada.
Miro franziu a testa, determinado: “Sim! Não vou atrasar você”.
Laín olhou para ele com adoração,
“Seu irmão cuidará de você. Quando chegarmos ao berçário, se você não quiser falar, fique quieto, eu o substituo. Além disso, você poderá entender um pouco sobre nossa vida. Vamos lá, antes que a mamãe perceba, vamos sair de fininho e voltar para o berçário”.
“Está bem! E o Ledo que foi com o papai, o que faremos se nós também sairmos? Como fica mamãe?”
“Não se preocupe, mamãe é adulta, ela vai conseguir voltar para casa sozinha depois.”
“Certo!”
Miro foi com Laín, nervoso e apreensivo.
Era a primeira vez que ele se afastava do pai e se aproximava de estranhos.
Ao mesmo tempo, ele estava cheio de expectativa, ansioso para saber mais sobre a vida de seus irmãos e o cotidiano de sua mãe!
Logo, Laín levou Ledo para fora do playground e de volta para o berçário.
Assim que se aproximaram da porta da sala de aula, viram a professora.
A professora os viu e ficou preocupada,
“Laín, Ledo, por que demoraram tanto para ir ao banheiro? Vocês estão com dor de barriga?”
Miro estava nervoso, franzindo a testa e olhando seriamente para o professor, cauteloso e distante!
Laín deu-lhe um empurrãozinho sutil para que relaxasse e depois disse ao professor,
“Eu tive um pouco de diarreia, mas já passou.”
“Foi dor de estômago? Você comeu algum coisa ruim?”
“Sim, comemos pimentinha.”
A professora logo disse,
“Viu só? Eu sempre digo, esses lanches são ruins, causam dor de barriga. Agora acreditam em mim, né? Não comam mais isso, está?”
“Sim.”
De repente, a professora olhou para Miro,
“Espera, eu me lembro de que o Ledo não estava com essa roupa quando chegou?”
O coração de Miro deu um salto, ainda mais nervoso!
Mas Laín estava tranquilo: “Ele urinou nas calças e trocou por uma roupa reserva.”
Na escola maternal, as crianças sempre levam um conjunto de roupas sobressalentes em suas mochilas, pois frequentemente se sujam ou sofrem acidentes.
Por isso, a professora não suspeitou de nada.
Ao ver Miro tão nervoso, ela pensou que ele estava envergonhado por ter feito xixi nas calças e sorriu,
“Não é vergonha nenhuma urinar na calça de uma criança, mas tome mais cuidado da próxima vez. Vá logo para a sala de estar, já está quase na hora do lanche. Ah, e da próxima vez que for ao banheiro, não precisa correr, há um banheiro na sala de aula”.
A maioria das salas de aula do berçário tem banheiro.
Laín disse: “O banheiro da sala não tem porta separada, eu não gosto de usar.”
Isso era verdade, desde que começou na creche, Laín nunca usou o banheiro da sala, sempre preferiu o externo.
Ledo e Lucas não eram tão exigentes.
A professora riu,
“Laín é tímido desde pequeno, haha. Bem, de volta à sala de aula.”
“Sim, professor, até mais tarde.”
Depois de enganar o professor, Laín levou Miro de volta para a sala de aula.
Miro respirou fundo, ainda nervoso por estar tão perto de estranhos pela primeira vez.
Por sorte, ele tinha seu irmão por perto, caso contrário, não saberia como reagir.
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