Hesitante por um momento, Laín colocou sua pequena mão na que lhe foi estendida, sendo guiado para fora do banheiro. Antes de sair, Laín ainda lançou um olhar discreto a Ledo, sinalizando para ele manter a calma, que tudo estava indo bem.
Fora do banheiro.
Ao ver Laín, a família Belo imediatamente se enfureceu, franzindo as sobrancelhas e olhando para ele com raiva.
Laín, por sua vez, não se intimidou, seguindo calmamente ao lado de Carlos, com um olhar desdenhoso.
Gabriela gritou, “Carlos! Você tem que dar uma explicação a todos hoje!”
Carlos ficou com o rosto sério e estava prestes a falar quando Laín interveio: “O que você quer ouvir?”
“Você agrediu um idoso em público, envergonhou um idoso e até desrespeitou os ancestrais. Isso é falta de filialidade e de respeito pelos mais velhos! É uma atitude altamente repreensível que merece punição divina!” Laín respondeu friamente,
“E o que dizer de vocês, que desejam minha morte? Como posso respeitar e honrar quem não me respeita? Não importa se vocês me amam ou não, eu ainda sou um ser vivo. Vocês estão intentando matar, quem então merece a ira divina?”
“Você…”
Laín, com uma expressão fria, fixou o olhar em Gabriela,
“Você deveria estar grata por Carolina não ter sido atropelada por você, senão estaria em maus lençóis! Nem toda a sua família seria suficiente para compensar o que você fez!”
“…” Gabriela ficou realmente assustada com o olhar de Laín, assim como os outros presentes
Embora Laín parecesse um pouco diferente de Carlos em sua raiva, sua presença não era menos imponente. Um olhar, uma palavra, e ele conseguia intimidar a todos! Laín então olhou para os outros membros da família Belo,
“Já que todos estão aqui, vou dizer o que penso, para não ter que repetir depois. Carolina é minha pessoa, eu a protejo, eu a defendo. Quem ousar machucá-la, que tente!” Todos o olhavam, prendendo a respiração, surpresos!
A aura dele não condizia com a de uma criança de 5 anos. E não diziam que sua doença ainda não estava curada? Esse jeito eloquente não parece de alguém doente! Após um longo silêncio, Paulo finalmente falou,
“Miro! Você vai tratar sua própria família assim por causa de um estranho?!”
“Um estranho?” Laín olhou para Paulo com os olhos semicerrados.
“Gostaria de saber, o que é um estranho? E o que é um parente?”
Paulo, com o rosto fechado, respondeu, “Parentes são aqueles com quem você tem laços de sangue! Estranhos são aqueles sem laços de sangue!”
“Ah! Essa é a sua percepção, não a minha! Aos meus olhos, quem é bom para mim é minha família, quem deseja minha morte… é um inimigo!”
Os membros da família Belo ficaram atônitos com suas palavras. Paulo, com a testa franzida olhando para Laín, chocado, “Você nos considera inimigos?!” “Você deveria perguntar primeiro o que vocês me consideram.”
“… Você, tão jovem, de onde vem tantos pensamentos?! Você é o único herdeiro da família Belo, todos aqui desejam o seu bem, ninguém quer sua morte!”
“É mesmo? Papai não deseja minha morte, eu acredito! Você não deseja minha morte, eu também acredito! Mas pergunte a eles, quem não deseja que eu morra logo?” Todos ficaram perplexos.
Paulo pareceu um pouco mais aliviado ao ouvir que Laín não acreditava que ele o desejava morto, mas no segundo seguinte, Laín continuou,
“E você não desejar minha morte também tem seus motivos, não é porque você me ama, mas porque você está me usando. Afinal, se eu morrer, a família Belo estará em caos, todos vão querer ser o herdeiro, e então você não poderá controlar ninguém.”
“!!!” As palavras de Laín expuseram suas intenções publicamente, deixando Paulo com o rosto pálido e uma expressão extremamente feia.
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