Depois de sua separação de Fabrício, Carolina vagava pelas ruas em um estado de inquietação.
O que aconteceu com Helena a preocupava.
Helena não havia deixado o país, talvez nem tivesse saído da Cidade de Pão, e agora até seu agente estava incontactável.
Tudo indicava que algo de ruim havia acontecido com Helena!
Imagens terríveis invadiam a mente de Carolina sem que ela pudesse controlar…
Uma grande gaiola fria e implacável.
Um porão sujo e escuro, sem qualquer luz do dia.
Os ossos brancos espalhados por uma área selvagem e desolada.
Um palco de espetáculos equestres, com a participação de pessoas com deficiência.
E até mesmo jovens sequestradas para a Zona de Tumulto…
Qualquer que fosse a imagem que ela visse, Carolina ficava apavorada.
Ela já era naturalmente medrosa, capaz de ficar assustada por meses após assistir a um único filme de terror. Agora, com todas essas imagens horríveis surgindo em sua mente, ela sentia-se à beira de um colapso.
Ela tentava se convencer de que Helena estava bem, que precisava manter a calma!
Mas, por mais que tentasse, as imagens aterrorizantes continuavam surgindo…
“Squeak-”
“Beep! Beep! Beep!”
Um carro preto mudou de faixa abruptamente e se dirigiu para a barreira de proteção, fazendo com que os outros veículos freassem bruscamente.
As pessoas buzinavam em desaprovação, xingando,
“Sabe dirigir não, seu louco?!”
“Se quer morrer, morre longe, vai procurar um lugar sem ninguém pra morrer! Caramba, quase me matou de susto!”
Ignorando tudo, o motorista do carro preto tentou ultrapassar a barreira novamente sem sucesso, deu ré, acelerou, e então, com força, conseguiu passar!
As pessoas ao redor perceberam o perigo e gritaram, “Moça, corre! Perigo!”
O ronco do motor do carro preto e os gritos das pessoas despertaram Carolina.
Ao avistar o sedã preto que passou correndo, seus olhos se arregalaram imediatamente!
Como esse momento é de muito pânico, o corpo reagiu instintivamente para congelar no lugar e não conseguiu se mover.
Ela prendeu a respiração, observando o carro preto se aproximar, e gritou de terror, “Aaah—”
“Bang! Thud-”
Uma van apareceu de repente, colidindo diretamente com o carro preto, que ficou amassado com o impacto.
Vendo a situação, o carro preto tentou fugir virando o volante rapidamente.
Mas a van não lhe deu chance!
Recuou alguns metros e, acelerando novamente, atingiu o carro preto, que foi lançado ao ar.
Girando no ar, o carro preto caiu pesadamente no chão!
A van não parou por aí, continuou empurrando o carro preto até encostá-lo contra uma árvore à frente.
O carro preto estava irreconhecível, como se tivesse sido brutalmente danificado.
Os motoristas e pedestres que passavam pelo local ficaram boquiabertos diante da cena, sem conseguir gritar, “!!!”
Esse momento eletrizante, digno de um filme de ação, parecia uma cena de “Velozes e Furiosos”!
O motorista do sedã, com as pernas arruinadas e coberto de sangue, estava inconsciente dentro do carro. Carlos o encarou duramente e informou Bruno, enquanto tirava o cinto de segurança.
“Na Avenida Santiago,perto do hospital, antes que a polícia chegue, acorde esse cara e faça ele falar!”
Era óbvio que o motorista estava mirando em Carolina, querendo matá-la!
Se não fosse por uma ligação oportuna de Nathan, dizendo que Miro tinha acordado e ele estava indo ao hospital vê-lo, Carolina provavelmente estaria morta agora.
Depois de dar as instruções, Carlos saiu apressadamente do carro e correu em direção a Carolina.
Carolina estava pálida, ainda paralisada no mesmo lugar.
Carlos se aproximou, “Carolina!”
Ela olhou para ele, com o rosto pálido e uma expressão vazia.
Ela já era muito branca, mas agora estava ainda mais pálida, claramente em choque, totalmente aterrorizada.
Seus lábios tremiam, incapazes de produzir qualquer som.
Por favor, adicione o site Bookkoob.org aos favoritos para acessar os capítulos dos romances antecipadamente e com a melhor qualidade.